quarta-feira, junho 29, 2011

Um pásssro...




Um pássaro pousou na minha janela
Em um dia de angústia, escrevinhando bobagens;
Eis que surge um feio pardal ruidoso e distraído.
Ele não é corvo, não há umbral e nem plumagens.
Mas pousa na minha janela. sem pio ou grunido.

Se eu fosse poeta, faria o soneto do pardal empavonado.
Se fosse um ogro, espetaria com um lápis e teria um jantar.
Se racional, analisaria os riscos em uma tabela de dados.
Se sentimental, me inspiraria no pardal, como se faz pra amar.

Mas não sendo nada desses adjetivos pomposos escritos,
Levantei-me com sono e me atirei em um canto qualquer.
Como o pardal, sou nômade e vago torcendo pra ser bem vindo.
Entrando em seu quarto e esperando o adjetivo que você tiver.

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